Como destaca o sacerdote Jose Eduardo Oliveira e Silva, São Tomás de Aquino oferece à Igreja um caminho seguro para unir fé e razão sem confusão nem separação. Em um tempo de respostas apressadas e debates ruidosos, sua sabedoria devolve serenidade, método e caridade intelectual.
Se o seu desejo é aprender a pensar como católico, aprofundando a fé com argumentos claros e vida virtuosa, continue a leitura. Descubra como a teologia de Tomás sustenta a oração, ordena os afetos e qualifica a missão, na família, na paróquia, na escola e no trabalho.
Quem foi São Tomás de Aquino e por que continua atual?
Tomás (1225–1274) estudou em Paris e ensinou em Nápoles e Roma, compondo obras que moldaram séculos de pensamento cristão. De acordo com o teólogo Jose Eduardo Oliveira e Silva, a grandeza de Tomás não reside apenas na erudição, mas na humildade contemplativa que o levou a submeter todo saber à luz do Evangelho. Em conformidade com essa postura, sua teologia não é torre de marfim: nasce da oração, volta-se para a verdade e termina na caridade.
Sua atualidade aparece onde quer que a fé dialogue com a cultura: bioética, política, educação, economia, comunicação. O método tomista oferece critérios para discernir com calma o bem possível hoje, sem relativizar a doutrina nem endurecer o coração.
Fé e razão: Uma única verdade, dois modos de conhecê-la
Sob o ponto de vista do filósofo Jose Eduardo Oliveira e Silva, fé e razão são como duas asas que elevam o espírito à contemplação da verdade. A razão investiga; a fé acolhe a Revelação. Ademais, quando colaboram, evitam dois abismos: o fideísmo, que desconfia da inteligência, e o racionalismo, que despreza o mistério.
Desse modo, o tomismo ensina a argumentar com mansidão: identificar premissas, definir termos, distinguir níveis de certeza, refutar objeções sem atacar pessoas. A apologética se faz serviço de caridade intelectual, e não duelo de vaidades.
Qual é a estrutura da Suma?
Em harmonia com o método escolástico, Tomás organiza as questões com ordem e clareza. Primeiro, apresenta objeções fortes; depois, traz a autoridade das Escrituras e Padres; por fim, oferece a resposta e resolve as objeções. Conforme o Pe. Jose Eduardo Oliveira e Silva, essa pedagogia educa a inteligência para acolher a verdade onde quer que apareça, inclusive nas objeções.
Além disso, o método convida à humildade: não temer perguntas, nem apressar respostas. Em consequência, famílias, catequistas, docentes e líderes pastorais aprendem a dialogar sem perder a identidade, valorizando o caminho que vai da dúvida honesta à convicção luminosa.
Teologia das virtudes: Ordenar afetos para escolher o bem
A vida moral não é lista de proibições, mas arte de amar. Segundo Jose Eduardo Oliveira e Silva, cultivar virtudes é treinar o coração para reconhecer o bem com a prudência, querer o justo com a justiça, suportar provações com fortaleza e moderar desejos com temperança. A moral tomista integra inteligência, vontade e afeto. Hábitos bons, repetidos com paciência, criam liberdade interior e tornam possível uma alegria serena, estável e comunicativa.
Verdade que salva, caridade que convence!
São Tomás de Aquino mostra que a verdade liberta quando é amada e que a caridade amadurece quando é esclarecida. Pensar bem é servir melhor: a doutrina ilumina a consciência, as virtudes ordenam o coração e a missão se torna fecunda. Dessa forma, aprendemos a dar razões da esperança com mansidão e respeito, construindo pontes entre o altar e a praça. O caminho tomista permanece atual porque nos ensina a buscar, com paciência, a face do Deus que é Verdade e Amor, até que toda a vida, Se converta em louvor, estudo humilde e serviço alegre.
Autor : Robert jhons